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Os dados são da pesquisa do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Ela também mostra que o Estado subiu duas posições em comparação com o levantamento anterior. O resultado é atribuído ao aumento das ofertas de atividades educacionais aos recuperandos.
Mato Grosso ficou atrás apenas dos estados do Maranhão e Santa Catarina em relação a estes dados. Na pesquisa anterior, realizada entre julho e dezembro de 2020 pelo Depen, o estado estava na 5º posição nacional com 39,79% dos recuperandos estudando, sendo que, 4.958 pessoas de um total de 12.460 reeducandos participavam de atividades educacionais, naquele período, dentro das unidades prisionais do estado.
A superintendente da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária (SAAP), Sibele Nardoni, destaca que esse resultado é fruto da luta contra a reincidência criminal que culmina com a redução dos crimes. “Quanto maior o nível de escolaridade menor o índice de reincidência e de acometimento de crimes, que por fim, termina com a redução dos índices criminais, então nossa meta sempre vai ser melhorar o nível de escolaridade”, destacou.
A pedagoga do Núcleo de Educação nas Prisões (NEP), Fabiana Nascimento lembra que as parcerias com empresas do ‘Sistema S’ e também a demanda por cursos EAD, ajudaram a aumentar a oferta de cursos aos reeducandos. “Nós tivemos muitos cursos à distância e também parcerias com o Senac, Senai e Senar que ofertaram muitas oportunidades principalmente no interior”, apontou.
Um dos exemplos de qualificação ofertada neste ano foi o curso de manutenção de máquinas agrícolas aos reeducandos do presídio do Capão Grande – Várzea Grande, em parceria com o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Durante as aulas, eles reformaram e consertaram um trator estragado e que está sendo utilizado na manutenção da unidade prisional.
A nova pesquisa também mostrou outros reflexos positivos dos investimentos em educação nas unidades, como é o caso do número de reeducandos que participaram das aulas de alfabetização, que saltou de 716 no segundo semestre de 2020 para 1.113 de janeiro a junho de 2021. Aqueles que ingressaram no ensino superior foi de 19 para 46 recuperandos.
Outro número significativo dos esforços da Superintendência de Educação Penitenciária está relacionado à quantidade de reeducandos participantes de atividades complementares à educação que subiu de 2.001 para 4.968 do segundo semestre de 2020 para o primeiro de 2021. Além disso, o número de participantes de cursos profissionalizantes foi de quatro para 632.