MT: SEGUNDA ETAPA: O governador Mauro Mendes e uma nova caminhada no poder em MT

MT:    SEGUNDA ETAPA:   O governador Mauro Mendes e uma nova caminhada no poder em MT
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Vencedor nos 141 municípios, o governador permanece no cargo por mais quatro anos, num cenário político favorável

Mauro Mendes entra no segundo mandato, neste domingo

Reeleição ao Governo em primeiro turno, sendo o mais votado em todos os municípios mato-grossenses, não é mero resultado eleitoral, mas sim, demonstração de satisfação popular com o desempenho administrativo do governante e a convergência das principais forças políticas em defesa de sua candidatura.

Foi assim, com a chapa Mauro Mendes (União) e Otaviano Pivetta (Republicanos), que foi além do desempenho na disputa aoGoverno em 2018, quando foi vitoriosa em 128 das 141 cidades.

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Num cenário com ventos políticos favoráveis e bom desempenho administrativo, o governador permanece no Palácio Paiaguás por mais quatro anos.

Quando o candidato não exerce o cargo ao qual concorre, seu discurso pode ser otimista ao extremo, pois não há como testar sua capacidade administrativa.

Porém, quando o mesmo já se encontra na função, é diferente, pois o eleitor tem como saber aquilo que o mesmo faz.

Foi assim com Mauro Mendes, que apresenta bom resultado, mesmo tendo administrado por mais de dois anos sob a pandemia da Covid-19, que provocou a morte de milhares, causou danos à economia e levou o governo estadual a investimentos que não eram previstos no plano orçamentário.

Em outubro deste ano, Mauro Mendes concorreu com três adversários e recebeu 1.114.549 votos (68,15% da votação); Márcia Pinheiro (PV) ficou em segundo, com 267.172 votos (16,4%); Pastor Marcos Ritela (PTB), em terceiro, com 233.543 votos (14,34%); e Moisés Franz (PSOL), com 12.948 votos.

Os votos de Mauro Mendes superaram a força eleitoral de Jair Bolsonaro, que teve seu apoio.

No segundo turno, Bolsonaro recebeu 65,08% dos votos e foi batido por Lula em Santa Terezinha, Campinápolis, Alto Garças, Tesouro, Planalto da Serra, Nova Brasilândia, Nobres, Nortelândia, Nova Olímpia, Denise, Porto Estrela, Jangada, Acorizal, Nossa Senhora do Livramento, Alto Paraguai, Poconé, Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger, Rosário Oeste, Ponte Branca e Araguainha.

A reeleição de Mauro Mendes é a resposta de Mato Grosso ao seu Governo, mas para chegar a esse resultado o governador teve um teste de fogo em 2018, quando disputou o Palácio Paiaguás, numa eleição onde as três principais candidaturas ofereciam ao eleitorado modelos distintos de governar.

Mauro Mendes e Pivetta formavam uma chapa com forte apelo empresarial, mas com visão social. Pedro Taques (PSDB), que tentava a reeleição apresentava novamente o estilo que o identifica com os meios forenses; e o senador Wellington Fagundes (PL) personificava a política.

O eleitor fez clara opção por uma gestão que fosse capaz de adotar práticas da iniciativa privada em busca da eficiência, economicidade e transparência, mas sem se distanciar da função social que todo governo deve manter.

Ao eleitor que apostou em seu nome em 2018, Mauro Mendes mostrou na prática que é possível administrar sem arrocho fiscal e construindo importantes obras.

O orçamento do Estado em 2019 era de R$ 19,2 bilhões e subiu para R$ 26,5 bilhões em 2022.

Em 4 de janeiro, a Assembleia aprovará o orçamento para 2023, que girará em torno de R$ 30,8 bilhões.

O crescimento da receita e sua destinação de acordo com os interesses estaduais resultou em conquistas, a exemplo do programa Ser Família, de transferência de renda e assistência social, idealizado pela primeira-dama Virgínia Mendes, e calcado das iniciais de sua sigla SER – Superação, Esperança e Respeito.

Empossado em janeiro de 2019, Mauro Mendes não somente levou adiante o modelo de governo que ganhou apoio popular, mas tratou de implementá-lo observando critérios regionais de modo a não excluir nenhuma região de seu programa de obras a ações sociais.

As redes sociais tornaram-se aliadas do governante, na medida em que as postagens revelavam pavimentação urbana e de rodovias, construção de pontes e creches, e a expansão da rede de hospitais regionais e outras obras.

O desempenho administrativo de Mauro Mendes foi facilitado pelo amplo apoio de sua base aliada na Assembleia Legislativa, que teve ativa participação em seu governo, e que continuará no próximo, uma vez que 18 dos 24 deputados foram reeleitos.

Mesmo com os parlamentares mantendo total independência, o diálogo sempre prevaleceu entre os dois poderes políticos, e nenhum veto abalou as relações institucionais entre eles.

Com o Congresso Nacional o relacionamento foi no mesmo nível, o mesmo acontecendo com o Poder Judiciário.

Com os prefeitos o relacionamento do governante foi o melhor possível, à exceção do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que esteve sempre em pé de guerra política com o Palácio Paiaguás.

Eleito em 2018, pelo Democratas, partido que se fundiu com o PSL formando o União Brasil, Mauro Mendes ampliou sua base correligionária municipal e de uma só vez 13 prefeitos trocaram de sigla para o acompanharem.

A harmonia entre o governador e seu vice é a melhor possível.

Pivetta ocupa grande espaço no governo e cumpre uma agenda permanentemente cheia.

O novo secretariado de Mauro Mendes é pouco alterado em relação àquele nomeado em janeiro de 2019, e esse fato é importante para a continuidade do governo, uma vez que suas peças estratégicas o conhecem.

Com forte respaldo político e à frente de um governo que não protagonizou escândalo, Mauro Mendes acompanhou a prisão de seu ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Nilton Borgato (PSD), preso pela Polícia Federal sob a acusação de tráfico internacional de cocaína, e posteriormente solto.

Borgato deixou o poder para se candidatar a deputado federal pelo PSD do senador Carlos Fávaro.

O governo é bem avaliado pela população conforme mostram institutos de pesquisas. Mauro Mendes ganhou mais força junto aos mato-grossenses ao resolver antigos gargalos administrativos, e pela rapidez administrativa ao longo da pandemia.

A construção da Ponte da Integração José Monteiro Guimarães, com 483 metros sobre o rio das Mortes, na MT-326, entre Nova Nazaré e Cocalinho, e a conclusão da pavimentação daquela rodovia, que liga Água Boa a Goiás foram marcos de seu governo no atendimento a uma antiga reivindicação do Vale do Araguaia.

O projeto que viabilizou a criação da primeira ferrovia estadual brasileira, a Senador Vicente Vuolo, com 743 quilômetros de extensão ligando Rondonópolis a Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, e que foi dada em concessão à Rumo Logística, por 30 anos, cria importante corredor de commodities e outros produtos em Mato Grosso e o conecta com os trilhos que ligam Rondonópolis ao porto de Santos. Mato Grosso precisa investir muito em saúde pública e o governo de Mauro Mendes reconhece essa realidade, de tal modo que está em campo construído seis hospitais regionais, e levando adiante a obra do Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá, em parceria com a Universidade Federal (UFMT).

A construção desse hospital esteve paralisada durante décadas.

Em Várzea Grande, no auge da pandemia, o governo em parceria com a Assembleia Legislativa ampliou o Hospital Metropolitano com a instalação de 30 leitos de unidades de terapia intensiva e 20 enfermarias.

A segurança pública recebeu investimentos significativos, tanto no aumento dos efetivos policiais quanto em armas, equipamentos, viaturas, comunicação e capilarização policial nos municípios.

O calcanhar de Aquiles de Mato Grosso é o meio ambiente, embora o estado mantenha um ativo florestal de 62%.

Autoridades do setor combatem o desmatamento ilegal, garimpos clandestinos e outras práticas criminosas, e o mais importante passo no uso correto do solo acontecerá em 2023, quando a Assembleia Legislativa deverá votar a lei que criará o novo Zoneamento Socioeconômico Ecológico (ZSEE) conduzido pelo secretário Basílio Bezerra, na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).

O zoneamento da forma apresentada é criticado tanto por ambientalistas que o classificam como benevolente com o agronegócio, quanto pelo setor produtivo que o vê extremamente rigoroso.

O ZSEE será o grande desafio de Mauro Mendes no seu novo governo, que manterá seu princípio de forte apelo empresarial, mas com visão social.

Fonte:    diariodecuiaba.com.br


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