Parentes e amigos de agente vão à Câmara e pedem por Justiça

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Será votado hoje o pedido de afastamento do vereador vereador, que atirou e matou agente

Amigos e familiares do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, morto a tiros pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos), foram para frente da Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira (14), pedindo por “Justiça”.

“Paccola, tiro nas costas jamais. Não envergonhe a instituição”, dizia um cartaz segurado por um dos manifestantes.

Hoje, os vereadores da Capital votarão o pedido de afastamento imediato do vereador. O pedido foi apresentado pela vereadora Edna Sampaio (PT).

Paccola atirou e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, no último dia 1º de julho, na região central de Cuiabá.

A prima do agente socioeducativo, Celina Kyo, condenou a ação do vereador.

“Para nós é muito difícil, a gente quer Justiça. Cuiabá não merece ser representada por uma pessoa violenta. Isso não é o espírito cuiabano. Cuiabanos são pessoas de paz. O Alê era uma pessoa bondosa, extremamente carinhosa. Isso revolta porque não há motivo por algo assim acontecer. A família só quer Justiça”, afirmou a prima.

Pró-Paccola

Circulando pelos corredores da Casa de Leis, e no gabinete do vereador, também foram vistos manifestantes pró-Paccola, compostos em sua maioria por CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas).

Os defensores de Paccola alegam que ele agiu para defender a namorada do agente, que no momento dos disparos estava com uma arma na mão.

Nenhum manifestante pró-Paccola quis falar com a reportagem.

Como medida de segurança, a Câmara dividiu a galeria em dois setores para separar manifestantes que são contrários e favoráveis ao parlamentar.

Agente morto

Alexandre foi morto por volta das 20 horas do dia 1º de julho, em uma rua atrás do restaurante Choppão, em Cuiabá.

Paccola efetuou três disparos contra o agente, em meio a uma confusão depois que a esposa de Miyagawa entrou com seu carro pela contramão, na rua Presidente Artur Bernardes.

O vereador afirmou que passava pelo local e foi informado que Alexandre estava armado e ameaçando a companheira dele.

Paccola ainda disse que chegou a pedir que o agente abaixasse a arma, mas ele não teria obedecido.

A versão do vereador foi contestada pela viúva Janaina Sá, que relatou ao MidiaNews que a arma do marido estava presa na cintura e que Paccola teria atirado para matar.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

 

 

 

 

Fonte: www.midianews.com.br


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