PF prende mais um suspeito pelo assassinato de Bruno e Dom

PF prende mais um suspeito pelo assassinato de Bruno e Dom
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Homem foi apontado como “informante e aliado” de Ruben Dario da Silva Villar, apelidado de Colômbia, suspeito de liderar uma organização de pesca ilegal no Vale do Javari e de ser o mandante do crime.

Phillips  e Pereira desapareceram em 5 de junho de 2022 no Vale do Javarí (AM)

Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (18/01) um suposto cúmplice do assassinato do jornalista britânico Dom Phillips e do ativista indígena Bruno Araújo, mortos em 5 de junho de 2022 na Amazônia. Em nota, a PF informou que cumpriu o mandado de prisão expedido por um juizado de Tabatinga (AM) contra um “informante e aliado” do suposto mandante dos assassinatos.

As autoridades não revelaram a identidade do detido. Segundo o jornal Folha de S. Paulo,  trata-se de Jânio Freitas de Souza, supostamente envolvido com a pesca ilegal em Javari e braço direito de Ruben Dario da Silva Villar, conhecido como Colômbia e indiciado como mentor intelectual do crime.

Villar, preso desde dezembro de 2022, é suspeito de ter liderado uma organização de pesca ilegal no Vale do Javari, entre outros crimes. Ele também responde por falsificação de documentos de identidade e por organização criminosa transnacional armada em outra investigação sobre pesca ilegal e contrabando.

O Ministério Público Federal já denunciou como executores do crime Amarildo Oliveira, Oseney de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, e os três aguardam julgamento.

Entenda o caso

Phillips e Pereira desapareceram em 5 de junho de 2022 no Vale do Javari, uma remota reserva indígena próxima à fronteira com o Peru e a Colômbia, onde ambos coletavam informações para o livro que Phillips escrevia sobre ameaças a povos indígenas. Seus corpos, porém, só foram encontrados 11 dias depois, após a confissão de um dos suspeitos pelo crime.

Os investigadores afirmam que Phillips, jornalista independente que contribuía para o diário britânico The Guardian, e Pereira, servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), foram mortos possivelmente em resposta à atuação de Pereira contra crimes ambientais na região.

As vítimas foram mortas a tiros e esquartejadas, antes de terem seus restos mortais incinerados e escondidos em um local de difícil acesso no meio da selva.

O caso gerou comoção internacional e expôs a violência que ronda a Amazônia, especialmente na região do vale do rio Javari, um dos locais com maior número de grupos indígenas isolados do mundo e onde pesca, garimpo e caça ilegal disputam espaço com o tráfico de drogas e pirataria.

Fonte:   dw.com


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