Vara de Violência Doméstica lança site para atendimento

Vara de Violência Doméstica lança site para atendimento
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Com a finalidade de prestar informações, agendar atendimentos, além de outras funcionalidades, a 2ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Cuiabá (MT) lança o site https://2varadamulher.wixsite.com/2varadamulhercuiaba. A iniciativa foi dos juízes, Jeverson Luiz Quintieri – titular do Gabinete I e Tatiane Colombo – titular do Gabinete II.
O site traz links úteis como do Poder Judiciário, do Processo Judicial Eletrônico (PJE), o Balcão Virtual, dados sobre o Corona Vírus, o Portal CeMulher e o Quebrando o Ciclo. Estes dois últimos com dados estatísticos, legislação, boas práticas e cursos. Além dos endereços das Delegacias da Mulher em todo Estado, bem como das Varas de Violência Doméstica e Familiar do PJMT. Destaque para informações sobre duas medidas imediatas de atendimento: Medidas Protetivas e o Aplicativo SOS Mulher.
Ainda no site da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar é possível localizar todas as formas de contato com magistrados e gestores: e-mail da secretaria: cba.2violenciafamiliar@tjmt.jus.br; (65) 3648-6611/6613 – Gabinete I; (65) 3648-6618 – WhatsApp Business do Gabinete I; (65) 9 9687-6173 – Funcional para ligação do Gabinete I; (65) 9 9628-4587 Funcional para ligação do Gabinete II; (65) 3648-6439 Gabinete II e (65) 3648-6615/6616 Secretaria. E a própria localização da Vara que fica no Fórum de Cuiabá.
O site ainda concentra uma parte de explicação dos ciclos de violência. Uma importante leitura para homens e mulheres.
A Primeira fase (aumento de tensão); o agressor mostra-se tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Ele também humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos.
A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa “provocá-lo”. As sensações são muitas: tristeza, angústia, ansiedade, medo e desilusão são apenas algumas.
Em geral, a vítima tende a negar que isso está acontecendo com ela, esconde os fatos das demais pessoas e, muitas vezes, acha que fez algo de errado para justificar o comportamento violento do agressor ou que “ele teve um dia ruim no trabalho”, por exemplo. Essa tensão pode durar dias ou anos, mas como ela aumenta cada vez mais, é muito provável que a situação levará à Fase 2.
Segunda fase (ato de violência): Esta fase corresponde à explosão do agressor, ou seja, a falta de controle chega ao limite e leva ao ato violento. Aqui, toda a tensão acumulada na Fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
Mesmo tendo consciência de que o agressor está fora de controle e tem um poder destrutivo grande em relação à sua vida, o sentimento da mulher é de paralisia e impossibilidade de reação. Aqui, ela sofre de uma tensão psicológica severa (insônia, perda de peso, fadiga constante, ansiedade) e sente medo, ódio, solidão, pena de si mesma, vergonha, confusão e dor.
Nesse momento, ela também pode tomar decisões – as mais comuns são: buscar ajuda, denunciar, esconder-se na casa de amigos e parentes, pedir a separação e até mesmo suicidar-se. Geralmente, há um distanciamento do agressor.
E a Terceira Fase (arrependimento e comportamento carinhos): Também conhecida como “lua de mel”, esta fase se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Em outras palavras: ela abre mão de seus direitos e recursos, enquanto ele diz que “vai mudar”.
Há um período relativamente calmo, em que a mulher se sente feliz por constatar os esforços e as mudanças de atitude, lembrando também os momentos bons que tiveram juntos. Como há a demonstração de remorso, ela se sente responsável por ele, o que estreita a relação de dependência entre vítima e agressor.
Um misto de medo, confusão, culpa e ilusão fazem parte dos sentimentos da mulher. Por fim, a tensão volta e, com ela, as agressões da Fase 1.
Ranniery Queiroz
CGJ
TJ MT

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