MCTI e Petrobras avaliam possibilidade de cooperação nas iniciativas da Década da Ciência Oceânica

MCTI e Petrobras avaliam possibilidade de cooperação nas iniciativas da Década da Ciência Oceânica
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Representantes da petrolífera conheceram portfólio de projetos coordenados pelo ministério nas áreas de biodiversidade e oceano

A Secretaria de Pesquisa e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (SEPEF/MCTI) apresentou nesta quarta-feira (23) à gerência de sustentabilidade (ESG) da Petrobras as iniciativas, projetos e programas científicos coordenados pela pasta nas áreas de biodiversidade e oceano.

“Aqui no ministério trabalhamos com a melhor ciência disponível, os melhores pesquisadores e em projetos-piloto para oferecermos modelos. Precisamos da iniciativa privada para dar escala a essas ações”, afirmou o secretário da SEPEF Marcelo Morales, referindo-se aos projetos de cadeias produtivas da bioeconomia, que visam agregar valor aos produtos da biodiversidade brasileiras, e ao projeto Regenera Brasil, cujo objetivo é aplicar ciência e tecnologia para gerar diretrizes que promovam a recuperação de ecossistemas nativos brasileiros em áreas degradadas sem aptidão agrícola.

Na área de oceano, os projetos coordenados pelo MCTI envolvem dois grandes programas Ciência no Mar e Ciência Antártica. Os projetos de pesquisa de longa duração no mar incluem, por exemplo, a permanência de pesquisadores em ilhas oceânicas. A realização da pesquisa científica com aves migratórias no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, distante mais de 1mil km da costa brasileira, contribui para a soberania brasileira nessas áreas. O secretário destacou ainda a atuação da rede de pesquisadores para refazer a trajetória de derramamento de óleo que chegou à costa brasileira em 2021 e identificação da origem do mineral. Além das pesquisas sobre mitigação nas regiões de mangue e corais contaminados.

Além disso, a pasta é ponto focal brasileiro para os assuntos da Década da Ciência Oceânica, uma iniciativa global da Organização das Nações Unidas até 2030 que busca ampliar a conscientização sobre o oceano alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O Brasil produziu um Plano Nacional de Implementação da iniciativa e tem sido considerado pioneiro na implementação das ações de conscientização. Há interesse de vários estados da federação e municípios, a exemplo de Santos (SP) para criar legislação local sobre cultura oceânica. Em adição, o país dispõe da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, iniciativa liderada conjuntamente pelo MCTI, Unesco e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) para difundir ações educativas e que fomentem a conscientização sobre a importância do mar para a humanidade.

A iniciativa privada e outras instituições podem ser engajadas para os resultados da Década da Ciência Oceânica. Os interessados devem enviar pedido de endosso para validar a proposta junto à Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI).

O secretário também destacou a importância da ciência para o desenvolvimento de alternativas para o combate ao microplástico mar e a necessidade de ampliar a conscientização da sociedade o tema.  Segundo relatório da agência da ONU para o meio ambiente de 2021, 85% do lixo que chega no oceano são resíduos plásticos. Morales enfatizou os riscos de contaminação da biodiversidade marinha e os impactos que podem ocorrer para a saúde humana com a ingestão das micropartículas.  O MCTI prevê lançar uma chamada pública de pesquisa para o tema.

“Temos ação em relação ao mar muito forte, com portfólio de ações relevantes e que podem ser objeto de trabalho conjunto”, declarou Morales.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

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