“A impressão que tenho é que a equipe de intervenção veio buscar uma informação específica”, afirmou o secretário Leovaldo Sales, ao retornar para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Cuiabá voltou ao controle da pasta nesta sábado (7), após suspensão da intervenção do Estado, determinada na sexta-feira (6).
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À imprensa, o gestor afirmou que ainda está sendo feito levantamento da situação atual da secretaria, mas adianta que contratos e, pelo menos, 15 computadores foram levados pela equipe de intervenção sem mandado de busca e apreensão. Boletim policial será registrado sobre o sumiço dos equipamentos, ocorrido na hora do almoço de sexta, logo após decisão que interrompeu a ação do Estado.
A falta dos equipamentos prejudica o funcionamento da pasta, mas os atendimentos ocorrem a partir de segunda, mesmo que de forma precária.
“Acho que não conseguiram achar ou encontraram nos instantes finais. Fizeram uma devassa na secretaria e, ainda que sem busca e apreensão, saíram levando os equipamentos. Isso não é atitude de quem quer melhoria para a saúde de Cuiabá. Até recompor tudo o que foi tirado daqui, muitas vidas vão perecer”, argumenta o secretário.
Relatório preliminar feito pela equipe de intervenção encontrou várias irregularidades e situações críticas na Saúde, rombo em caixa, falta de pagamentos a servidores, funcionamento abaixo da capacidade do Pronto Socorro Municipal são alguns dos tópicos destacados no balanço.
“Posso caracterizar como uma pressa em levar a quem ordenou intervenção uma informação específica. […] Montou operação de guerra, tratou servidores como bandidos, impediu secretário de subir, porque estavam fazendo a apreensão”, revelou Sales, que foi impedido de subir ao prédio da secretaria.
A intervenção foi autorizada no dia 28 de dezembro e logo o procurador do Estado, Hugo Lima, nomeado para conduzir os trabalhos com sua equipe. Ele havia exonerado servidores, o diretor da Empresa Cuiabana de Saúde, feito cadastramentos de empresas e prestadores de serviços, além de fazer nomeações.
A intervenção foi determinada pelo desembargador Orlando Perri à pedido do Ministério Público Estadual, que já sinalizou que vai recorrer da suspensão.
Fonte: gazetadigital.com.br
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