População de rua passa dos 227 mil, diz Ipea

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Indice aumentou 10 vezes na última década; entenda

População de rua passa dos 227 mil, diz Ipea

número de pessoas em situação de rua no Brasil registrou um aumento de aproximadamente 10,3 vezes ao longo da última década, revelam dados divulgados nesta segunda-feira (11), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O desemprego surge como um fator preponderante na ausência de moradia, mencionado por 40,5% dos entrevistados. No entanto, os problemas familiares (47,3%) ocupam a posição de destaque nas estatísticas como a principal causa.

Em 2013, os dados do Cadastro Único (CadÚnico ) apontavam para 21.934 pessoas vivendo em situação de rua. No entanto, em 2023, esse número aumentou significativamente, atingindo um total de 227.087 indivíduos. A pesquisa ressalta a complexidade do problema, enfatizando que, entre diversas dimensões, a dificuldade em realizar um levantamento preciso dos números totais de pessoas nessa condição é evidente.

“A perda de moradia, o desemprego e as ameaças são motivos um pouco mais frequentes para situação de rua entre os negros do que entre os brancos. Questões familiares e distância do local de trabalho não apresentam diferenças significativas. O uso abusivo de álcool e outras drogas, por sua vez, é uma razão menos frequente entre os negros (27%) do que entre os brancos (31%)”, explica Marco Antônio Carvalho Natalino, autor do estudo.

Ipea analisa dimensões estruturais do problema, destacando a exclusão econômica como um elemento central. Neste contexto, a exclusão econômica abrange o desemprego, a perda de moradia e a distância do local de trabalho, mencionada por 54% das pessoas afetadas, conforme apontado pela pesquisa.

No levantamento, o instituto considerou fatores individuais declarados por aqueles que se encontram nessa situação. Além dos mencionados anteriormente, destacam-se também o alcoolismo e outras drogas (30,4%), perda de moradia (26,1%), ameaça e violência (4,8%), distância do local de trabalho (4,2%), tratamento de saúde (3,1%), preferência ou opção pessoal (2,9%), e outros motivos (11,2%).

Fonte:  economia.ig.com.br


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